O ano de 2025 está chegando ao fim, mas o mercado fitness brasileiro já deixou sinais bastante claros sobre o que vem pela frente. E não, não estamos falando de achismo, hype ou tendência importada sem lastro. Estamos falando de dados concretos, consolidados pelo Panorama Fitness Brasil 2025, que ajudam a responder uma pergunta central:

o que vai diferenciar as academias que vão crescer em 2026 daquelas que vão apenas sobreviver?

Spoiler: não será equipamento novo, mas sim, a gestão.


Um mercado que cresce, mas cobra maturidade

O Brasil segue como um dos maiores mercados fitness do mundo, com expansão consistente no número de academias, estúdios e centros de atividades físicas. Mesmo diante de um cenário econômico desafiador, o setor continua avançando, impulsionado pelo aumento da demanda por saúde, bem-estar e qualidade de vida. Esse movimento, por si só, reforça a força estrutural do mercado fitness brasileiro e sua capacidade de crescimento no médio e longo prazo.

No entanto, à medida que o setor cresce, a complexidade da gestão também aumenta. Segundo o Panorama Fitness Brasil 2025, a maioria das academias ainda opera com estruturas enxutas, concentração elevada de custos em pessoal e margens sensíveis a qualquer ineficiência operacional. Para se ter uma ideia, 73% dos gestores afirmam que as despesas com equipe representam até 40% dos custos anuais, enquanto 79% apontam a carga tributária como um dos principais desafios do negócio.

Além disso, o próprio crescimento do setor escancara outro gargalo relevante: a dificuldade de recrutar e reter profissionais qualificados, citada por 70% dos respondentes como um obstáculo crítico. Como resultado, operar mais unidades, atender mais alunos ou escalar serviços sem revisão de processos se torna cada vez mais arriscado.

Por esse motivo, crescimento por si só não garante sustentabilidade.

Na prática, os dados de 2025 revelam um mercado mais maduro, exigente e pressionado por custos fixos elevados, escassez de mão de obra e necessidade constante de controle financeiro. Diante desse cenário, fica claro que 2026 não será o ano de quem apenas cresce em volume, mas de quem cresce com organização, previsibilidade e eficiência. Em outras palavras, a eficiência operacional deixa de ser um diferencial competitivo e passa a ser um pré-requisito básico para sobreviver e escalar no mercado fitness em 2026.


Onde está o dinheiro (e para onde ele está escorrendo)

Quando analisamos a estrutura de custos das academias brasileiras, um ponto salta aos olhos:

  • 73% das academias têm até 40% dos custos concentrados em pessoal

  • 67% gastam até 10% com serviços contratados

  • 63% investem entre 1% e 10% em marketing

Ou seja, o maior peso do negócio está nas pessoas, e não nos sistemas, na tecnologia ou na comunicação.

Esse dado, isolado, já muda completamente a lógica de decisão para o mercado fitness em 2026: qualquer ganho de produtividade tem impacto direto no caixa.


Tecnologia: pouco custo, muito impacto

Existe um mito antigo no setor de que “sistema é caro”. Todavia, os números desmontam isso com facilidade:

  • 64% das academias gastam até 10% dos custos com sistema e tecnologia

  • Percentual inferior ao gasto com pessoal, impostos e até utilidades como água e energia

Aqui está um dos insights mais relevantes para 2026:
👉 tecnologia é uma das menores linhas de custo e a única capaz de reduzir as maiores.

Enquanto impostos e utilidades são despesas praticamente imutáveis, tecnologia é investimento com efeito multiplicador — automatiza processos, reduz erros, aumenta previsibilidade e diminui a dependência operacional de equipe inchada.


Os grandes desafios que seguem para 2026

O Panorama Fitness Brasil 2025 também deixa claro que o setor tem consciência dos seus gargalos:

  • 79% apontam a tributação elevada como um dos maiores desafios

  • 70% destacam recrutamento e seleção de profissionais como obstáculo crítico

Esses dois fatores combinados criam um cenário delicado:
custos altos + dificuldade de formar equipe = margens pressionadas.

Em 2026, academias que continuarem operando com processos manuais, controles paralelos e baixa automação sentirão esse impacto com ainda mais força.

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Receita recorrente: o coração do negócio fitness

Se existe um modelo que define o setor, ele é o da recorrência.

  • Para 40% das academias, planos e mensalidades recorrentes representam até 70% do faturamento

  • Em 2024, o crescimento médio líquido foi de +441 alunos, impulsionado por mais matrículas e estabilidade nos cancelamentos

O paradoxo é claro: o modelo é recorrente, mas muitas gestões ainda não são.

No mercado fitness em 2026, quem não tiver controle financeiro, cobrança automatizada e previsibilidade real vai operar no escuro, mesmo com uma base ativa de alunos.


Retenção, engajamento e relacionamento direto

Outro dado importante para a leitura de futuro:

  • Alunos matriculados frequentam a academia 4 a 5 vezes por semana

  • Usuários de agregadores, em média, 2 a 3 vezes por semana

Isso reforça um ponto estratégico: relacionamento direto gera mais engajamento, mais retenção e maior valor de vida do aluno.

CRM, aplicativos personalizados, histórico de comportamento e comunicação ativa deixam de ser “algo a mais” e passam a ser parte central da estratégia de crescimento.


O que o mercado fitness em 2026 vai exigir dos gestores

Ao cruzar todos esses dados, o cenário fica bastante objetivo:

  • Crescimento continuará acontecendo

  • Custos seguirão pressionados

  • Pessoas continuarão sendo escassas

  • Tecnologia seguirá representando pouco no custo e muito no resultado

O mercado fitness em 2026 será menos sobre “ter mais alunos” e mais sobre operar melhor com os alunos que já existem.


Conclusão: eficiência será o verdadeiro diferencial competitivo

Os dados de 2025 já deixam o recado claro para quem está atento: não é sobre gastar mais, é sobre gerir melhor.

Sendo assim, academias que entrarem em 2026 com processos automatizados, visão financeira clara, controle de recorrência e inteligência de dados terão vantagem competitiva real — não só para crescer, mas para crescer com margem.

Porque, no fim das contas, o futuro do fitness não é improvisado.
Ele é planejado, previsível e bem gerido.

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