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Você sabia que mais de cinco milhões de mortes no mundo poderiam ser evitadas se a população praticasse mais atividades físicas? Isso é o que mostra um estudo realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2020. Além disso, em estudo realizado juntamente com o Ministério da Saúde do Brasil, as Américas possuem a maior taxa de obesidade do mundo, sendo que quatro em cada dez pessoas não praticam uma atividade física que seja benéfica para a saúde.
Mas não para por aí: uma pesquisa realizada por cientistas da Universidade de São Paulo (USP) comprovou que os quadros de ansiedade, medo, pânico e depressão foram agravados pelo isolamento social usado para conter a pandemia da Covid-19 e tiveram mais repercussões negativas nas pessoas que não praticavam atividade física.
E ainda tem mais: pessoas que realizaram atividades físicas durante o isolamento com de forma orientada por um profissional tiveram um efeito protetor e menor risco de desenvolverem condições mentais relacionadas ao isolamento.
A busca pela melhora constante nas condições de saúde também reflete no mercado fitness brasileiro. As informações são da Fitness Brasil, organizadora da pesquisa Panorama Setorial.
Separamos para você algumas informações essenciais divulgadas no relatório, que pode ser acessado na íntegra neste link aqui.
O Brasil tem o segundo maior número de centros esportivos no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. São quase 30 mil empresas no segmento fitness em nosso país e mais de 60 mil em toda a América Latina.
A indústria fitness brasileira gerou mais de R$12 bilhões em 2021. Foram criados mais de 185 mil empregos diretos e 39 mil diretos no setor.
De acordo com a OMS, são necessários de 150 a 300 minutos semanais de atividades físicas por semana para cada pessoa, que ajudam a evitar doenças cardíacas, diabetes e também depressão e ansiedade. E de acordo com a pesquisa do Panorama Setorial Fitness Brasil, o sistema de saúde brasileiro (público e privado) gasta cerca de R$31,8 bilhões por conta da inatividade e sedentarismo.
Tipos de academias
As academias especializadas correspondem a quase metade dos centros esportivos localizados no país. Esses estabelecimentos oferecem serviços individuais ou para grupos exclusivos, como estúdios de pilates, personal training, reabilitação, CrossFit, dentre outros.
Um ponto importante ressaltado pela pesquisa é que os espaços esportivos em condomínios superaram os dos clubes. Este resultado é um indicador de que o mercado fitness pode focar nesse tipo de ambiente, já que muitas pessoas podem começar ou se manter na prática porque não precisam gastar tempo com deslocamento.
Modalidades
As modalidades mais oferecidas nos centros esportivos brasileiros são os treinos funcionais, musculação e alongamento. Atividades como natação e hidroginástica são oferecidas por cerca de 20% das academias participantes.
Academias de musculação perderam alunos após da pandemia. Em compensação, os locais especializados tiveram um aumento na proporção de alunos. Eram 21% dos matriculados em 2019 e hoje representam 66% do setor.
Visão Financeira
A receita das academias brasileiras vem principalmente das mensalidades cobradas de seus alunos. A maioria delas não trabalha com patrocínios, avaliações físicas/nutricionais e nem aluguel de espaços, que pode ser uma excelente fonte de renda.
Investimentos em tecnologia
Mais de 38% das academias brasileiras utilizam leitores faciais ou biométricos para o acesso de seus alunos ao espaço. Um dado que assusta é o da quantidade de locais que não utilizam nenhum tipo de controle de acesso, que chega aos 33%.
Na maioria dos casos, o investimento em equipamentos para as academias é feito à vista, mas 24% das empresas fazem essa compra de forma financiada em até 12 meses (um ano).
Desafios do setor
Na pesquisa realizada pela Fitness Brasil, os donos e gestores de academias levantam como problemas principais a grande carga de impostos, seja para a contratação de funcionários ou para a manutenção do próprio negócio.
Itens como a inadimplência também levantam a preocupação dos entrevistados, que acreditam que ela impacta diretamente seus negócios. A mesma tendência não é observada em escolas de esportes, condomínios e clubes.
A falta de capacitação dos funcionários, sejam os técnicos, de vendas ou operacionais também é um desafio para os entrevistados, principalmente para os donos de academias de musculação e aulas coletivas.
Oportunidades
Para a maioria das academias de musculação, oferecer aulas online pode se tornar uma oportunidade de incremento na receita. O setor como um todo também enxerga as aulas online como um item a ser explorado.
Academias localizadas em condomínios concordam que este é um excelente momento no setor e estão otimistas, já que a previsão de crescimento chega a 50%.
Tendências
A pesquisa identificou que a maioria dos alunos estão procurando itens mais focados na saúde e a manter seus corpos saudáveis – não necessariamente uma forma padrão, mas saudável.
Exercícios individualizados também estão sendo mais buscados pelos alunos, principalmente considerando suas limitações e objetivos. Lembrando que essa individualização também começa no atendimento e na atenção ao aluno dentro do espaço.
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