O segmento fitness é um mercado promissor. Tudo isso porque, segundo a OMS, um quarto dos adultos do mundo – número que chega a 1.4 bilhões de pessoas – não praticam exercícios como deveriam. O número de crianças com sobrepeso com menos de cinco anos também é alarmante: mais de 41 milhões de acordo com a OMS em 2016. O resultado disso nós podemos ter uma ideia: alto número de sedentarismo e desenvolvimento de doenças.

Ainda de acordo com a OMS, a América Latina é a região do mundo com o maior índice de pessoas que não praticam exercícios o suficiente, com cerca de 39%, superando até os países ocidentais mais ricos, onde normalmente se faz menos atividade física que nos de rendas mais baixas, com 37% e 16%, respectivamente, de suas populações nessa condição. Quando falamos a nível nacional, quase a metade da população é sedentária, 47%, e apenas 5% frequenta as academias. 

E é neste âmbito que moram as oportunidades. Vários modelos de negócios surgem para suprir uma demanda que tem se tornado cada vez mais urgente. Academias, Boxes de Crossfit, Studios de pilates, cosméticos, suplementos, roupas e acessórios são só alguns dos diversos segmentos que existem no mercado fitness, e a tendência é mais negócios surgirem querendo pegar uma fatia deste setor. 

Segundo o relatório da IHRSA Global Report 2019, o Brasil tem exatas 34.509 academias, e continua sendo o segundo maior mercado do mundo, além de ocupar a terceira posição no ranking de faturamento, com movimentação de mais de U$2 bilhões de dólares, atrás de Estados Unidos e Canadá, considerando apenas o continente americano. 

Se tratando apenas da América Latina, o Brasil ocupa a primeira posição no ranking em todas as categorias.

        Países com maior faturamento considerando apenas o continente americano.
          Os dez primeiros países neste quesito representam 71% de todo o faturamento da indústria mundial do fitness.


No que se refere ao número de clientes, o Brasil continua com sua marca de 9,6 milhões de clientes, ocupando o 4º lugar do ranking mundial, enquanto os Estados Unidos, líder do ranking, saltou de 60,8 milhões para 62,4 milhões de clientes.

 

       Os dez países com maior número de clientes reúnem 68% de todos os praticantes do globo.
       Países com maior número de clientes considerando apenas o continente americano.


Os
dados são animadores e ainda há muito o que ser feito neste cenário. Como grande parte da população está em casa, faz-se necessário recorrer a maneiras criativas para atraí-la, e é aqui que empreendedores têm a sua chance de ocupar um lugar neste ao sol. Com isso, vários nichos de mercado vão surgindo, atendendo a demandas específicas de cada tipo de público. Existem academias focadas na terceira idade, com equipamentos e profissionais capacitados para darem total assistência ao aluno, que precisa de maiores cuidados na prática de exercícios. 

Nem as temidas low costs, que chegaram com tudo no mercado, não precisam ser temidas se o empresário souber como encontrar seu diferencial. Com isso,  surgem as academias de nicho, com serviços totalmente personalizados, como é o caso da Les Cinq Gym em São Paulo, reconhecida como a melhor academia boutique do país pela IHRSA, é totalmente voltada para quem tem um grande poder aquisitivo, proporcionando uma nova experiência na prática de exercícios, além de muito luxo e conforto.

Junto com todo esse crescimento, a tecnologia tem papel fundamental inovando seja em aparelhos modernos, roupas, acessórios – como os smartwatches e wearables – e também nos aplicativos. É cada vez mais constante o uso dos aplicativos para seguir a rotina de quem pratica exercícios, não só para verificar o treino do dia, como também para acompanhar a dieta e evolução no decorrer do tempo. Além disso, tendo em vista o dia a dia de muitas pessoas que não têm tempo para ir à uma academia, os aplicativos surgem como uma alternativa para que estes possam seguir um cronograma de exercícios e não ter desculpa para o sedentarismo, levando também em conta que 41% dos praticantes preferem malhar ao ar livre. 

Entretanto, o foco dos aplicativos também está nos donos de academias, studios e boxes de Crossfit. De acordo com Leonardo Moreira, CEO da Pacto Soluções, “muito além de proporcionar comodidade para os alunos, os aplicativos estão trazendo uma nova fonte de renda para as academias, tornando assim uma via de mão dupla onde todos saem ganhando.” Ainda segundo Leonardo, com um mercado altamente competitivo, é mais do que necessário que as academias encontrem seu fator de diferenciação, e o aplicativo é um dos meios para gerar valor à marca e fidelizar mais clientes, além de contribuir para que mais pessoas mantenham sua rotina de exercícios, diminuindo os índices do sedentarismo e outras doenças. 

ATENÇÃO** Os dados referentes ao Brasil são os mesmos do report global da IHRSA de 2017. A instituição não realizou novas estimativas para o país.

4 comentários
  1. Excelente conteúdo, parabéns pela matéria. Gostaria de saber qual foi o ano de publicação desta matéria que vocês escreveram.

    desde já, agradeço.

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